domingo, 18 de julho de 2010

Coisas curisosas II

Esta semana tive atrelada a mim uma menina de 7 anos.
Lá para o final da semana ela dizia-me muitas vezes que gostava muito de mim, que não sabia porquê mas gostava muito de mim.
E por ela dizer isso tantas vezes fez-me pensar. E fez-me chegar à conclusão que não gosto quando me dizem que gostam de mim, prefiro que o demonstrem com carinho, abraços e acções do que digam insistentemente que gostam de mim.

E outra coisa, gosto que gostem de mim com moderação e não o demonstrem a toda a hora. Claro que é bom ter alguém a gostar de nós mas torna-se algo cansativo e demasiado comum se não nos derem espaço e tempo para sentirmos falta desse afecto.

Acordar para a vida VII

"Sei que não nos conhecemos mas não quero ser formiga.
Passamos pela vida aos encontrões uns aos outros continuamente em piloto-automático de formiga sem nada realmente humano a ser exigido de nós.
Pára.
Vai.
Guia.
Toda a acção baseada na sobrevivência.
Toda a comunicação para manter o formigueiro numa azáfama de um modo eficaz e educado.
Não quero ser uma formiga.
Quero momentos humanos verdadeiros!"

sábado, 3 de julho de 2010

Maré Negra

Sobre a maré negra no mar da América:

"Nós nunca fizemos nada de errado, cumprimos todas as regras, até porque se não o fizermos temos as autoridades em cima de nós. E agora estamos arruinados só porque alguém não sabe gerir o negócio deles. Eu perguntou-me: se eu for a Inglaterra mijar na fonte da rainha, não vou logo para a cadeia? Então por que é que não acontece nada à BP, que veio cagar no nosso golfo?", exalta-se Dean Blanchard."

"Todos nós temos pais, maridos, filhos, cunhados, amigos, vizinhos a trabalhar para a indústria petrolífera. Estamos perfeitamente conscientes da extraordinária importância que este sector tem para a economia do estado, para a nossa vida quotidiana", refere Margaret Saizan, uma empresária e blogger, que no primeiro dia do Katrina começou a documentar exaustivamente a recuperação de Nova Orleães e da região do golfo.
"Ninguém quer morder a mão que lhe dá o pão. É isso que explica a ambivalência em relação às petroquímicas que sentimos aqui. Há muito que sabemos que todas estas plataformas e refinarias são uma ameaça ao nosso ambiente, mas aceitamos viver com essa realidade diária. Fechamos os olhos aos custos porque os benefícios são tremendos", explica."

"Eu nem queria acreditar: esta tragédia não fez ninguém parar para pensar que não podemos continuar esta exploração selvagem dos nossos recursos?", indigna-se Margaret Saizan. Como disse à Pública, ela esperava que confrontados com o desastre ambiental do golfo, os americanos percebessem que têm definitivamente - e urgentemente - que avançar para um novo modelo de produção e consumo de energia."

Artigo "Tanto petróleo no mar da América" de Rita Siza, na revista Pública