domingo, 28 de julho de 2013

S.S.

Dor aguda na cabeça,

Diferentes sons,
diferentes palavras,
diferentes sentidos.

Olhares distintos,
Cheiros dispersos e diversos,

O não querer saber.
O desinteresse.
A apatia pelo mundo.
O querer mas não conseguir.
Uma espécie de viver que não se pode chamar viver.
Chama-se quase-vida.
E eu vou,
e eu vejo,
e eu ouço,
e eu grito

e pouco muda. Nada é permanente. Tudo é efémero.
E com esta palavra, dito a sensação forte que me bate no peito.
Dito a tal saudade, de sentir.
E nada pode ser mais forte, que esta minha Saudade de Sentir...

sábado, 20 de julho de 2013

A Nuvem



Borbulha a minha mente agitada,
Pensa em tudo e não conclui nada.
Devia sair e ir ter contigo,
Nem isso me puxa, amigo.
o problema não é tua companhia,
mas sim o ter de partilhar a minha.

Tenho de falar,
tenho de sorrir,
tenho de acenar,
tenho de estar presente.

Estar presente é chato.
Ou melhor, a ideia de estar presente é chata.
Porque eu sei que depois vou gostar de lá estar,
que no fim vou gostar de ter estado.

Vou gostar de ter falado,
Vou gostar de ter sorrido,
Vou gostar de ter acenado
E vou gostar de ter estado ali contigo, presente.

Então se sei que vou gostar porque não quero ir?
Isto faz me lembrar a música: "If it makes you happy, why are you so sad?"
E eu nunca achei que fizesse sentido.
Afinal faz.
Afinal faz muito.

Não sei se te consigo explicar esse mesmo sentido,
mas dentro de todas as coisas más existem coisas boas.
E o espírito que se tem perante a vida é por vezes uma nuvem de pedaços de coisas que não fazem sentido.
Ora esta é a melhor explicação que te posso dar.

E pensado bem, é o raciocínio que explica a confusão do meu ser.
Eu sou assim: Uma nuvem de pedaços de coisas que não fazem sentido.
Mas querem fazer.
Mas esforçam-se para fazer.

Mas ainda não fazem.