terça-feira, 20 de agosto de 2013

Renascer

De tanta coisa que já vivi nestes últimos dias não sei por onde devo começar...

Tenho a dizer-vos que todos os dias acordo com Vida a entrar-me nos poros.

Isto foi uma das melhores decisões que tomei na minha vida, o melhor caminho que podia alguma vez ter tomado.

Estou parva com o tão bem que me sinto perto de desconhecidos que se tornam amigos tão rapidamente.
Estou parva com o sentido de humanidade que está-me a ser demonstrado todos os dias.
Estou imensamente parva com o quão fácil é viver com pouco dinheiro e com poucas coisas materiais e se ser verdadeiramente feliz. Basta fazer a mala, colocá-la às costas e não parar!

Isto tudo tem sido uma experiência arrebatadora ... 
Daquelas que dificilmente conseguirei voltar a experienciar.   

Portugal é lindo! E as pessoas, simplesmente, espectaculares!



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Esmagadora sensação

Três dias... Apenas passaram três dias e no entanto, já tanto tenho para contar.
Já tanta coisa mudou a perspectiva que tinha da vida, do mundo e de mim mesma.
A sensação é esmagadora mas uma que esmaga o coração de uma forma positiva.
 A generosidade das pessoas nunca mais acaba, aliás elas é que não deixam que ela acabe.
Estou tão, inexplicavelmente, confortável com isto de andar de um lado para o outro que esqueço-me da minha falta de treino, esqueço-me das dores de costas e das bolhas nos pés, esqueço-me que existem limites.
E ao esquecer-me disso a vida abre-se com inúmeras oportunidades de escolha para se ser feliz.
Estou feliz. Ainda não o sou mas estou, genuinamente, feliz.
Talvez um dia consiga ser como o Hugo e fazer da vida totalmente moldável à concretização dos nossos sonhos e ser feliz como ele tão bem sabe: com as coisas simples, puras; aquelas que são as únicas que interessam.
Amanhã não é só mais um dia, aprendi que amanhã é sempre O dia: o dia de aprender mais um bocadinho, de partilhar mais um bocadinho, de SER mais um bocadinho... O dia para se estar feliz mais um bocadinho.
E aos bocadinhos chegamos lá. Seja lá a cidade de Sagres, a China ou a Lua. Pois quando temos verdadeira força de vontade chegamos onde quisermos, nem que seja só aos bocadinhos, havemos de lá chegar. Apesar de quando chegarmos  a vontade será que não houvesse fim, porque sem dúvida que o que é importante é o caminho e não a meta.


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Ir

E entro nesse mundo da palavra já tão cliché: Viajar. A palavra que já a tantos diz tanto, a palavra que ganhou um enorme significado desde que os humanos começaram a instalar-se em cidades e se fixaram no conforto de uma casa, de uma cidade, de um país. Desde que deixámos de ser nómadas e passámos a ser sedentários e seres muito mais aborrecidos. No entanto, ganhámos tradições, costumes, a identidade que se tornou mais clara, a pertença a um local. 

Hoje em dia aprende-se a desaprender tudo isso e a ser outra vez viajante, à descoberta do mundo, à descoberta de novos trilhos e é a isso que muitos se agarram nos tempos que correm. Pois a realidade das sociedades de hoje nem sempre é assim tão bonita e é preciso mais e mesmo quando é uma realidade aceitável é preciso mais. É sempre preciso mais. 
Então viajo também, porque dizem que liberta a alma e ensina a viver outra vez. Viajo para perto sabendo que mesmo assim vai ser uma viagem longa. Não é preciso muito, por vezes viro a esquina para uma rua onde nunca tinha passado e voilá já estou a viajar.

Até breve.