Agora onde é que fico?
No chão deste mundo acabado, a viver como um rato?
Onde está o destino livre que me prometeste que teria?
Diz-me porque é que espero eu por isto?
Porque não dou meia volta e escolho outro sonho?
Foi o que tu disseste que me fez ficar...
Disseste que tudo iria mudar...
Disseste-me, com os teus olhos de uma cor transcendente e cheios de uma estranha magia, que a felicidade passa de vez em quando só temos de tentar encontrar a estação em que vai parar.
Eu acreditei em ti...
A tua alma pareceu-me a mais pura, as tuas palavras as mais sinceras, o teu sorriso uma melodia para o meu coração...
O teu corpo brilhava como o sol aos meus olhos e o teu cheiro falava comigo, sem palavras, que é a comunicação mais extraordinária e completa que existe...
Agora já passou algum tempo e eu fiquei na lama.
E assim, com as mãos, a cara e a alma todas sujas ainda tenho esperança que voltes e que percebas que não encontrava a felicidade porque não te tinha a ti.
Que não chegava até ao sonho porque era chegar à tua alma que eu queria.
Que não tinha um destino livre porque tu... sempre me aprisionaste.
E continuas a fazê-lo.
Longe ou perto.
Hás-de fazer sempre parte de mim.
(In)felizmente.
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