segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A dor de sentir

Agora onde é que fico? 
No chão deste mundo acabado, a viver como um rato? 
Onde está o destino livre que me prometeste que teria? 
Diz-me porque é que espero eu por isto? 
Porque não dou meia volta e escolho outro sonho?  

Foi o que tu disseste que me fez ficar... 
Disseste que tudo iria mudar...
Disseste-me, com os teus olhos de uma cor transcendente e cheios de uma estranha magia, que a felicidade passa de vez em quando só temos de tentar encontrar a estação em que vai parar.
                                                                        Eu acreditei em ti...
A tua alma pareceu-me a mais pura,                     as tuas palavras as mais sinceras,                    o teu sorriso uma melodia para o meu coração... 
O teu corpo brilhava como o sol aos meus olhos e o teu cheiro falava comigo, sem palavras, que é a comunicação mais extraordinária e completa que existe...


Agora já passou algum tempo e eu fiquei na lama. 

E assim, com as mãos, a cara e a alma todas sujas ainda tenho esperança que voltes e que percebas que não encontrava a felicidade porque não te tinha a ti. 
Que não chegava até ao sonho porque era chegar à tua alma que eu queria.
Que não tinha um destino livre porque  tu... sempre me aprisionaste.
E continuas a fazê-lo. 
Longe ou perto. 
Hás-de fazer sempre parte de mim.
(In)felizmente.



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