sábado, 30 de março de 2013

O Jogo

Ciclo viciado. 
Dado marado. 
Jogo trocado. 
Mal amado, saturado. 
Cansado dos números que são sempre os mesmos.
 Repetem-se sem serem chamados. 
Danados
A matemática da vida que traz sempre tantos problemas. 
Resolve esse dilema, sê fiel, sê gentil, sê tu mesma. 
A volta que tudo dá. 
O ponto a que tudo chega. 
Parece tudo tão fácil e depois até o vento te nega.
 Dores aparecem do nada, a alucinação começa.
Sentes-te menos tu e já nada mais interessa. 
Continuas cá mas não sabes que cá estás. 
Porque a vida não te chama e tu adormeces no sofá. 
Acordas com as costas doridas, querias tomar banho num spa. 
    Acordas mas é para a vida que assim não chegas lá.
 Lá onde?
 Perguntas tu. 
E eu sei lá. 
É um onde que te leva a sair do sofá. 
Desligas a tv e silêncio se faz.
 Precisas de barulho para sentires que não estás a ficar para trás. 
O vento faz-te esse favor, dando um ar de sua graça.
 Agradeces-lhe com o pensamento mas o som dele não basta.
Voltamos sempre ao mesmo, a esta vida viciada. 
Parece que estou em Las Vegas e a roleta não pára.
 Resignada já estou, falta-me só aguentar.
 No fim ganho o jackpot e se não ganhar... dou um pontapé na máquina e fujo para fora daqui. 
Que já estou farta de apostar em mim.

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