Ciclo viciado.
Dado marado.
Jogo trocado.
Mal amado, saturado.
Cansado dos números que são sempre os mesmos.
Repetem-se sem serem chamados.
Danados.
A matemática da vida que traz sempre tantos problemas.
Resolve esse dilema, sê fiel, sê gentil, sê tu mesma.
A volta que tudo dá.
O ponto a que tudo chega.
Parece tudo tão fácil e depois até o vento te nega.
Dores aparecem do nada, a alucinação começa.
Sentes-te menos tu e já nada mais interessa.
Continuas cá mas não sabes que cá estás.
Porque a vida não te chama e tu adormeces no sofá.
Acordas com as costas doridas, querias tomar banho num spa.
Acordas mas é para a vida que assim não chegas lá.
Lá onde?
Perguntas tu.
E eu sei lá.
É um onde que te leva a sair do sofá.
Desligas a tv e silêncio se faz.
Precisas de barulho para sentires que não estás a ficar para trás.
O vento faz-te esse favor, dando um ar de sua graça.
Agradeces-lhe com o pensamento mas o som dele não basta.
Voltamos sempre ao mesmo, a esta vida viciada.
Parece que estou em Las Vegas e a roleta não pára.
Resignada já estou, falta-me só aguentar.
No fim ganho o jackpot e se não ganhar... dou um pontapé na máquina e fujo para fora daqui.
Que já estou farta de apostar em mim.
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