Não considero que sei rimar,
É possível, que os meus poemas, sejam pouco.
Um pouco assim cheinho de ondas, vento e magia.
A verdade, é que nem acredito em magia.
"A mentira dos poemas."
Penso que é tudo tanto,
E é tudo nada.
O sopro da vida está presente,
Nas coisas que morrem cedo.
E ausente,
em quem morre tarde demais.
Basta uma palavra, para saber,
a direcção de um mundo novo.
Se será ou não,
uma boa decisão,
Isso é outra questão.
Atiro palavras para o ar,
Como pinceladas numa tela em branco.
Brinco com a vida,
Experimento, salto, grito e desespero.
Tudo é tanto,
e tão pouco.
Gostava de ver nos olhos dos outros,
Aquilo que viste nos meus.
Essa intensidade,
essa perfuração de alma.
Não quero amor, não,
Quero, em exactidão,
Essa perfuração de alma.
AR
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