quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Dois



Corre, ao sabor do vento,
Tu sabes porque vieste,
Eu também sei.

Vem, vem ter comigo
E beija-me a boca,
O mundo é só nosso,
Quando olhas para mim.

Corre, não me deixes fugir,
Não deixes que a multidão me leve,
Agarra-me com força.

A diferença está em nós,
Amor. 
É ele que transforma o mundo.
Amor.

AR

Alma de poeta



Penso em ti com carinho,
Todo o passado são momentos felizes.
A satisfação que me deste pela minha existência,
É maior do que a insatisfação de uma existência a dois.

Não tenho medo, nem receio,
De um futuro cheio de insatisfações,
É uma lição, são lições,
Que eu não quero jamais perder.

Vou chegar ao fim com um sorriso,
E uma resposta sempre pronta,
Vou ser a coisa mais pura que jamais encontrarás.

Ar passa por mim e preenche-me,
Cada poro de cada parte da minha alma.
Ar vem dar- me o combustível que preciso,
Vem ser o meu motor e o meu coração,
Vem ser tudo,
 quando o resto parece tão pouco. 

AR

sexta-feira, 9 de novembro de 2012



“O grupo, o sistema é que cria o mal. Vivemos rodeados de influentes agentes do mal, cujo trabalho é convencer-nos a fazer coisas por dinheiro. Os privilegiados não fazem coisas que não querem fazer por dinheiro, mas os pobres não têm escolha. E essas coisas são vender drogas, vender o corpo, roubar, entrar num gangue, num culto e, nos casos mais extremos, tornar-se num bombista suicida.” 
“A maior parte do mal não é perpetrado por indivíduos, mas pelos sistemas, pelos governos. Quando as pessoas estão organizadas num sistema, é aí que o mal é pior.”

quarta-feira, 10 de outubro de 2012



Tenho problemas. Penso que é a primeira coisa que se deve admitir. Que não somos imunes a nada e que o nosso coração não é feito de pedra como toda a gente pensa. É preciso dizer também que amar é essencial e que o desamor existe e amar não é fácil. Nunca foi e nunca será. Pelo menos não a toda a hora, constantemente, em todas as ocasiões. Amar é um trabalho a dois, em que têm de ser dois a querer e a querer bastante. Amar sozinho não faz sentido, é um caminho sem saída. Portanto, um problema que temos é muitas vezes acabarmos a amar sozinhos. Amar seja o que for. Porque tudo e todos podem ser amados. E como caminho sem saída batemos num muro e só temos uma alternativa: andar para trás. Repensar os passos, escolher outro caminho. Talvez escolher também outra maneira de estar, de reagir, de ser, uma nova maneira de pensar, de escolher… uma nova maneira de amar.


domingo, 7 de outubro de 2012

Não interessa de onde as pessoas vêm, não interessa os amigos que têm nem o dinheiro que possuem. Não interessa se são do Norte ou do Sul ou ali do centro, se falam de uma maneira esquisita ou se têm tiques estranhos. Nada disso interessa. Não interessa a cor do que trazem vestido, nem o que trazem vestido. Nem mesmo a cor da própria pele. Os seus gostos são um aparte, os seus hobbies um extra, os seus interesses um complemento. Muito sinceramente a única coisa que interessa é a essência. A essência da pessoa que pode ou não criar um vínculo com a nossa.
Quando cria já nada mais interessa.

sábado, 7 de julho de 2012

Racionalidade de um sentido perdido


Estou a tremer, reparo que estou a tremer. 
Tento perceber o porquê. 
Não me apetece pensar. 
Apetece-me sentir. 
Ódio. 
Remorsos. 
Tristeza. 
Arrependimento? 

Suspiro fundo, expiro o ar que está cá dentro e que já me começa a asfixiar. 
Tento perceber quando é que tudo começou, e nem sei o que quero dizer com tudo.
Respiro mais uma vez como se fosse a última vez que o pudesse fazer...e outra, e outra, e de todas as vezes parece que o ar ganha cada vez mais sentido. Como se respirar fosse o meu grande prazer, o meu único prazer.

 Acompanho a música com o meu respirar.
 Acompanho cada compasso e disperso-me de todos os outros pensamentos...
Volta aquele compasso mais acelerado e de repente engulo em seco...A tristeza volta em grandes pedaços concentrados.

Vai passar, vai passar – digo para mim mesma.

E já passou.

sábado, 28 de abril de 2012

This is it.

Não te afundes na desilusão que, por vezes, te consome. Relativiza tudo. Não dês importância aquilo que não a tem. Foge da complexidade, esquece o emaranhamento em que a humanidade vive. Embarca no barco da calma, naquele que te vai levar a bom porto. Acredita que há costas melhores que esta. Não desistas de as tentar encontrar. Esquece tudo aquilo que te fez chorar por dentro, não odeies, não fiques amargo, não ofendas. Sorri e acena, sorri, acena, vai-te embora e procura melhor. Procura sempre melhor! És tu que importas, és tu o barco, és tu a costa, és tu que vais mudar tudo! És tu o brilho! És tu a vida! O resto? Que se foda!