segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Last day, last what?

Último dia do ano, último dia, último, último?
Fomos nós que inventámos o calendário, portanto o último dia é quando quisermos. Por mim pode ser o último dia todos os dias para que arranjemos força todos os dias para sermos tudo aquilo que dizemos todos os anos que queremos ser.
Força e coragem e iniciativa. Tudo aquilo que desejamos todos os anos no último dia do ano ou no primeiro. A felicidade do agora, o concretizar os sonhos já. Aquilo que, por vezes, demoramos um ano inteiro à procura e tantas essas vezes que chegamos ao fim do ano a dizer que para o ano é que é, para o ano é que é, para o ano, para quando?

 Amanhã morremos todos. Bora fazer hoje aquilo que sempre quisemos! E escolher a partir de hoje tudo que realmente queremos escolher, lutar por aquilo que nos faz sentido, pois amanhã vamos todos morrer e nem todos acreditamos na vida depois da morte.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Uma vida inteira...e o Agora


   No fundo sempre fui estranha pois sempre fui tudo. Já sabia disso. O sentido não entra em mim, o concreto entra e sai, a estabilidade está zangada comigo porque eu não sei lidar com ela.
Pessoas que não consigo mais enquadrar na minha vida, situações que já não entendo o que foram, conceitos que duvido que alguma vez foram esclarecidos na minha mente, lágrimas que não saem porque não encontram justificação para o fazer, sorrisos que saem porque não sabem outra maneira de ser...
Um futuro incerto cheio de possibilidades, uma época que nunca fez sentido...
Um Inverno que demorou a chegar mas chegou e ainda bem que chegou. 

Nunca sabemos muito bem qual é a melhor opção, não podemos experimentar todas para ver qual é a melhor, pois a meio do caminho perdemos sempre outras hipóteses.
 Escolhemos algo e somos felizes, então e quem nos jura que não podíamos ter sido mais se tivéssemos optado por outro caminho?!

Isto tudo porque hoje é Natal. E hoje fui feliz por um momento. Sabem qual foi? No momento em que me criaram pela primeira vez na minha, ainda, curta vida um email profissional. Meu. Com o meu nome. Ainda estou feliz, por tudo o que isso representa. 
Apesar de um pouco assustada também. Porém, acima de tudo feliz. 

É tudo absurdo em mim. No entanto, não deixo de amar a minha absurdidade.

Queria e quero vos agradecer. Ao mesmo tempo que tento olhar para mim e perceber o porquê. Valorização?

Tenho sensações que me baralham...Tento viver um dia de cada vez mas não sei não olhar para o futuro...

Gostava que tudo fizesse um pouco mais de sentido para poder tomar uma decisão. 
No entanto sei que o que for será, o tempo encarregar-se-à de me mostrar o caminho. 
A paciência que escassa em mim tem de prevalecer até se fazer luz dentro de mim e com um passo confiante dizer: - É isto! Por enquanto.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Everything changes

Há uma coisa engraçada no ciúme... A palavra é mais utilizada quando temos ciúmes do/a nosso/a namorado/a (parceira/o, marido/mulher, whatever) no entanto, existe ciúme noutras ocasiões e pelos mais variados motivos. Muitas vezes motivos esses que não fazem qualquer sentido. Mesmo assim o dito ciúme está lá, por vezes apenas uma pontinha, mas está lá.

A verdade é que  "ninguém é de ninguém". O que se vê muitas vezes é sermos de muita gente, às vezes até mais do que sermos de nós próprios.

Temos de saber viver com a partilha e esquecer o lado egoísta que nos diz que as pessoas já não gostam tanto de nós.

Mesmo que isso seja verdade. O ciúme não vai levar a lado nenhum e a culpa vai ser sempre de ninguém, pois não se escolhe quê sentimentos queremos ter por quem e até quando. Não se escolhe. 

Sentir ciúme é sinal de que valorizamos a relação com aquela pessoa, seja como amiga/o, namorado/a ou outra coisa qualquer, no entanto não podemos deixar-nos ser devorados por ele, sendo que muito rapidamente ele nos devora a nós e entramos num buraco que nos puxa cada vez mais para baixo a cada segundo que passa.

(Fomos amigos?  Não sei. O esquecimento dói quando não é mútou. No entanto o que me tocou foi apenas ver-te vestido com uma T-shirt igual a que um dia me ofereceste. Foi esse o choque. Uma coisa minha em ti, entrando num campo de colisão entre o passado e o presente. )

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A paixão a corroer-me...e eu a gostar.

Estás a dar cabo de mim...
Pegaste na minha paixão e pegaste no teu querer e no teu precisar e chamaste-me para ir contigo...
De repente vejo-me a esquecer todos os meus planos (?) e a pensar seriamente no que me propuseste.
 A miscelânea de ideias que me vem à cabeça é algo indescritível. Precisei de bastante tempo para estar a 100% na minha primeira aventura, agora dizes-me que queres partir já daqui a um mês... e eu funciono tão mal pressionada...

Pegas na minha paixão e baloiças-a à minha frente, como um biscoito, queres ou não queres? Queres ou não queres?
E eu não consigo responder-te...
Quero tanto e ao mesmo tempo... é uma loucura tal que me deixa zonza!
Isto é como estar apaixonada por alguém que não se pode ter... A diferença é que eu sei que posso ir! No entanto lembro-me do dinheiro que se gasta e o tempo que vamos demorar.... E tudo (?) o que vou cá deixar... E esquecer o arranjar emprego, esquecer o ter uma vida normal...  E merda é isto que quero fazer!! Foi isto que eu sempre quis fazer! 

Mas...e as responsabilidades? E o querer ter dinheiro para alugar uma casa? E o querer poupar para alguma coisa que aconteça?

Tu és doida sabes? Mas quem começou esta loucura fui eu e agora não sei voltar atrás, aliás, nem sei se quero...

sábado, 30 de novembro de 2013

When'

It´s stupid you know.
You see your own smile and on that exact moment you feel good, you really love yourself. 

The worst part is that you know that you only smiled like that because someone from the other side of the world, that is totally different from everyone that you ever knew, made you smile. 
He is so funny, so simple and so himself. You see in him all the natural world, you see what you would like that everyone was. He just feels, he really don´t think much, he just do.

 And I know that your smile, your expressions and your way of being is what is missing me. Not because I am not like you but because I miss someone that is a bit like me.
 You are. And for once in my life I wanted to have someone like me close to me, just to feel that is ok to be this way, just to feel a little happier. 

In the end I know that you are not so happy as you pretend, just like me. 
You don´t have nothing that holds you down, just like me.
We feel good everywhere, because our hearts are still in our chests.

Just a little bit of me wished to enter in a life movie where you will come to England to live, I will visit you there and in a country that I totally hate where nothing tells me anything I fall in love with you and that makes me think that I can survive everywhere if you are there with me.
Just like the movies.
Just like the stories that I never believed.
Just like a dream that somehow never catches me.
Just like that... romantically ridiculous but true.

True.

domingo, 3 de novembro de 2013

Olhar para trás

É estúpido como, por vezes, se torna difícil chegar a uma conclusão.
Cometemos os mesmos erros várias vezes até que se faz uma luz. De repente tudo fica claro, concluindo o quão burro somos por ter batido tantas vezes com a cabeça na parede e não ter percebido à primeira o que nos fez ser assim ou assado ou sentir isto ou aquilo, o que nos fez reagir de determinada maneira ou o que nos chamou a atenção em determinada pessoa.... De repente olhas para trás e faz tudo sentido, tudo se interliga, tudo tem um fio condutor.

Os sonhos avisaram-te do futuro, apareceram-te sinais a indicar-te o que devias ter feito, as pessoas certas fugiram-te por entre os dedos, as pessoas erradas apareceram a gritar à tua frente, o sol parou de brilhar quando pisaste o caminho errado, a tua mãe tentou dar-te conselhos, o teu melhor amigo tentou abrir-te os olhos, a vida deu-te uma estalada e tu não sentiste... tu não sentiste...

E agora que tenho tempo para olhar para trás, sinto tudo e vejo tudo. Lembro-me dos sonhos, dos sinais, das pessoas, do caminho... lembro-me disso tudo. E sinto. Sinto a estalada da vida que me diz que devia ter estado mais atenta.
Fugiu-me tudo e, agora, olho para o presente e não vejo nem sinto nada.
Porém, estou, ainda, viva e amanhã é outro dia.

Amanhã é outro dia. 







sábado, 2 de novembro de 2013

Tantos outros.


  O teu desaparecimento sem sequer teres dito Adeus, as vozes deles ignorantes e com uma tal falta de conhecimento pela vida, ela a finalmente ter sorte e a ver uma vida verdadeira à sua frente, ela a juntar-se a nós num patamar da vida chamado: trabalho.

Gosto de escrever sobre os outros, os pormenores das suas vidas, o porquê de existirem, com quem se dão, se são felizes, o que os faz felizes... Os outros... Entrar na sua mente, na sua pele, fingir que sou o que eles são, o processo de ser outro alguém, o quê pensar, o quê fazer... É sempre diferente. Somos todos diferentes. É fascinante ser sempre diferente. 
Portanto os outros. Tentar outra vez entrar nesse mundo que não é meu, é de alguém que não eu, existe fora de mim. 
O que faço é torná-lo meu, é ser eu, é existir dentro de mim também. 

No entanto... O eu...
O teu desaparecimento devia ser algo sem importância, tu és algo sem importância, mais um como tantos outros e no entanto... És o que mais entra, o que mais interessa, o que mais me faz sentir. E o que é que sinto? O mesmo do outro dia. O mesmo de sempre.
Entendo uma parte de ser-se mulher com isto. Não dá para ser passageiro por mais que queiramos, tudo fica, tudo se guarda, tudo tem importância.

Odeio ser mulher.

Ser outro, ser outra.
O fugir e cortarem-te as pernas.
O querer e ser difícil.
O toque que é sempre inesquecível.
O viver, o estar-se vivo, o movimento, a sensação.

Adeus...(e um sorriso)
E um sorriso...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Seguir em frente?



A verdade, que já todos sabemos, é que nada é perfeito. 
Tropeçamos nessa verdade constantemente, como uma pedra que já não devia lá estar.
Olhamos para ela e não sabemos o que fazer com a dita cuja. 
Deviamos aceitá-la, aceitar o seu lugar e seguir em frente. Porém, não conseguimos seguir em frente, porque o caminho não está perfeito, porque faltam flores, faltam tijolos, faltam pessoas, falta...

Nada é perfeito. 
Porque é que será isso uma realidade tão difícil de aceitar?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ser outra coisa...



"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual." B. S

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

...como uma pena.


Olho para ti e sinto que falas comigo, não ouço sons, nem é claro o que queres transmitir porém, tenho a sensação que estás viva.
Olho para ti e não sei descrever o que entendo mas entendo.
Sinto que os teus ramos me alargam horizontes e me descodificam, chegam até à minha alma através de uma comunicação impossível de descrever e explicar, olho para ti uma última vez e sinto-me, eu também, viva. Dás-me forças para continuar: cada passo, uma conquista.

 Ensinaste-me a apreciar um tudo que por vezes parece nada. Tiraste as mãos que me estrangulavam o pescoço e de mansinho transmitis-te a mensagem que precisava que chegasse até ao fundo de mim, um abrir de olhos para a Liberdade de ser e estar.


Vou mais completa, continuo o meu caminho mais forte, enriquecida com algo que não tem nome e me fez embarcar num espírito e atitude que sempre quis ter mas nunca soube encontrar. Até hoje.

Leve...

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Renascer

De tanta coisa que já vivi nestes últimos dias não sei por onde devo começar...

Tenho a dizer-vos que todos os dias acordo com Vida a entrar-me nos poros.

Isto foi uma das melhores decisões que tomei na minha vida, o melhor caminho que podia alguma vez ter tomado.

Estou parva com o tão bem que me sinto perto de desconhecidos que se tornam amigos tão rapidamente.
Estou parva com o sentido de humanidade que está-me a ser demonstrado todos os dias.
Estou imensamente parva com o quão fácil é viver com pouco dinheiro e com poucas coisas materiais e se ser verdadeiramente feliz. Basta fazer a mala, colocá-la às costas e não parar!

Isto tudo tem sido uma experiência arrebatadora ... 
Daquelas que dificilmente conseguirei voltar a experienciar.   

Portugal é lindo! E as pessoas, simplesmente, espectaculares!



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Esmagadora sensação

Três dias... Apenas passaram três dias e no entanto, já tanto tenho para contar.
Já tanta coisa mudou a perspectiva que tinha da vida, do mundo e de mim mesma.
A sensação é esmagadora mas uma que esmaga o coração de uma forma positiva.
 A generosidade das pessoas nunca mais acaba, aliás elas é que não deixam que ela acabe.
Estou tão, inexplicavelmente, confortável com isto de andar de um lado para o outro que esqueço-me da minha falta de treino, esqueço-me das dores de costas e das bolhas nos pés, esqueço-me que existem limites.
E ao esquecer-me disso a vida abre-se com inúmeras oportunidades de escolha para se ser feliz.
Estou feliz. Ainda não o sou mas estou, genuinamente, feliz.
Talvez um dia consiga ser como o Hugo e fazer da vida totalmente moldável à concretização dos nossos sonhos e ser feliz como ele tão bem sabe: com as coisas simples, puras; aquelas que são as únicas que interessam.
Amanhã não é só mais um dia, aprendi que amanhã é sempre O dia: o dia de aprender mais um bocadinho, de partilhar mais um bocadinho, de SER mais um bocadinho... O dia para se estar feliz mais um bocadinho.
E aos bocadinhos chegamos lá. Seja lá a cidade de Sagres, a China ou a Lua. Pois quando temos verdadeira força de vontade chegamos onde quisermos, nem que seja só aos bocadinhos, havemos de lá chegar. Apesar de quando chegarmos  a vontade será que não houvesse fim, porque sem dúvida que o que é importante é o caminho e não a meta.


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Ir

E entro nesse mundo da palavra já tão cliché: Viajar. A palavra que já a tantos diz tanto, a palavra que ganhou um enorme significado desde que os humanos começaram a instalar-se em cidades e se fixaram no conforto de uma casa, de uma cidade, de um país. Desde que deixámos de ser nómadas e passámos a ser sedentários e seres muito mais aborrecidos. No entanto, ganhámos tradições, costumes, a identidade que se tornou mais clara, a pertença a um local. 

Hoje em dia aprende-se a desaprender tudo isso e a ser outra vez viajante, à descoberta do mundo, à descoberta de novos trilhos e é a isso que muitos se agarram nos tempos que correm. Pois a realidade das sociedades de hoje nem sempre é assim tão bonita e é preciso mais e mesmo quando é uma realidade aceitável é preciso mais. É sempre preciso mais. 
Então viajo também, porque dizem que liberta a alma e ensina a viver outra vez. Viajo para perto sabendo que mesmo assim vai ser uma viagem longa. Não é preciso muito, por vezes viro a esquina para uma rua onde nunca tinha passado e voilá já estou a viajar.

Até breve.

domingo, 28 de julho de 2013

S.S.

Dor aguda na cabeça,

Diferentes sons,
diferentes palavras,
diferentes sentidos.

Olhares distintos,
Cheiros dispersos e diversos,

O não querer saber.
O desinteresse.
A apatia pelo mundo.
O querer mas não conseguir.
Uma espécie de viver que não se pode chamar viver.
Chama-se quase-vida.
E eu vou,
e eu vejo,
e eu ouço,
e eu grito

e pouco muda. Nada é permanente. Tudo é efémero.
E com esta palavra, dito a sensação forte que me bate no peito.
Dito a tal saudade, de sentir.
E nada pode ser mais forte, que esta minha Saudade de Sentir...

sábado, 20 de julho de 2013

A Nuvem



Borbulha a minha mente agitada,
Pensa em tudo e não conclui nada.
Devia sair e ir ter contigo,
Nem isso me puxa, amigo.
o problema não é tua companhia,
mas sim o ter de partilhar a minha.

Tenho de falar,
tenho de sorrir,
tenho de acenar,
tenho de estar presente.

Estar presente é chato.
Ou melhor, a ideia de estar presente é chata.
Porque eu sei que depois vou gostar de lá estar,
que no fim vou gostar de ter estado.

Vou gostar de ter falado,
Vou gostar de ter sorrido,
Vou gostar de ter acenado
E vou gostar de ter estado ali contigo, presente.

Então se sei que vou gostar porque não quero ir?
Isto faz me lembrar a música: "If it makes you happy, why are you so sad?"
E eu nunca achei que fizesse sentido.
Afinal faz.
Afinal faz muito.

Não sei se te consigo explicar esse mesmo sentido,
mas dentro de todas as coisas más existem coisas boas.
E o espírito que se tem perante a vida é por vezes uma nuvem de pedaços de coisas que não fazem sentido.
Ora esta é a melhor explicação que te posso dar.

E pensado bem, é o raciocínio que explica a confusão do meu ser.
Eu sou assim: Uma nuvem de pedaços de coisas que não fazem sentido.
Mas querem fazer.
Mas esforçam-se para fazer.

Mas ainda não fazem.



quinta-feira, 27 de junho de 2013

Buddha about God



Once it happened: Buddha entered a village. A man asked him as he was entering the village, "Does God exist?" He said, "No, absolutely no."
 
In the afternoon another man came and he asked, "Does God exist?" And he said, "Yes, absolutely yes."
 
In the evening a third man came and he asked, "Does God exist?" Buddha closed his eyes and remained utterly silent. The man also closed his eyes. Something transpired in that silence. After a few minutes the man touched Buddha's feet, bowed down, paid his respects and said, "You are the first man who has answered my question."
 
Now, Buddha's attendant, Ananda, was very much puzzled: "In the morning he said no, in the afternoon he said yes, in the evening he did not answer at all. What is the matter? What is really the truth?"
 
So when Buddha was going to sleep, Ananda said, "First you answer me; otherwise I will not be able to sleep. You have to be a little more compassionate towards me too. I have been with you the whole day. Those three people don't know about the other answers, but I have heard all the three answers. What about me? I am troubled."
 
Buddha said, "I was not talking to you at all! You had not asked, I had not answered YOU. The first man who came was a theist, the second man who came was an atheist, the third man who came was an agnostic. My answer had nothing to do with God, my answer had something to do with the questioner. I was answering the questioner; it was absolutely unconcerned with God.
 
"The person who believes in God, I will say no to him because I want him to drop his idea of God, I want him to be free of his idea of God -- which is borrowed. He has not experienced. If he had experienced he would not have asked me; there would have been no need.
 
"The person who believed in God, he was trying to find confirmation for his belief from me. I was not going to say yes to him -- I am not going to confirm anybody's belief. I had to say no, I had to deny, just to destroy his belief, because all beliefs are barriers to knowing the truth. Theist or atheist, all beliefs, Hindu or Christian or Mohammedan, all beliefs are barriers.
 
"And the person with whom I remained silent was the right inquirer. He had no belief, hence there was no question of destroying anything. I kept silent. That was my message to him: Be silent and know. Don't ask, there is no need to ask. It is not a question which can be answered. It is not an inquiry but a quest, a thirst. Be silent and know.
 
I had answered him also; through my silence I gave him the message and he immediately followed it -- he also became silent. I closed my eyes, he closed his eyes; I looked in, he looked in, and then something transpired. That's why he was so much overwhelmed, he felt so much gratitude, for the simple reason that I did not give him any intellectual answer. He had not come for any intellectual answer; intellectual answers are available very cheap. He needed something existential -- he needed a taste. I gave him a taste."

Thank you Anudath, what you share with us was priceless.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

*.*


Estou cansado. Creio já ter escrito isto. Estou esgotado de estar sempre a dizer que estou cansado, do medo da lucidez com que encaro este facto. Um cansaço para o qual nem diviso razões aparentes, que me agasta, me adoece e me reduz a um estado de desordem permanente. Dentro sou todo fragmentos, pedaços cortantes de algum concreto que julgo terei já sido. Estou cansado desta forma imutável com que a vida me respira e celebra sem ordem possível. Não consigo sentir-me de outra maneira. De qualquer forma queria não estar assim. Magoado. Queria poder encontrar um meio de mudar este cinzento, esta imobilidade fatal, este afogado pétrido que me pesa, que me fustiga e que por isso não me deixa ser feliz.

Ó meu Deus para onde caminho eu com estes tumultos, com estas sombras? Eu que pretendo apenas e só apenas não me sentir confrangido, nem estranho, nem tão-pouco só e demente. Mas sou tudo isto, esvaído numa confusão indefinida, perdido numa visão que se não acontece, amarga e desespera.

Eduardo White

sábado, 30 de março de 2013

O Jogo

Ciclo viciado. 
Dado marado. 
Jogo trocado. 
Mal amado, saturado. 
Cansado dos números que são sempre os mesmos.
 Repetem-se sem serem chamados. 
Danados
A matemática da vida que traz sempre tantos problemas. 
Resolve esse dilema, sê fiel, sê gentil, sê tu mesma. 
A volta que tudo dá. 
O ponto a que tudo chega. 
Parece tudo tão fácil e depois até o vento te nega.
 Dores aparecem do nada, a alucinação começa.
Sentes-te menos tu e já nada mais interessa. 
Continuas cá mas não sabes que cá estás. 
Porque a vida não te chama e tu adormeces no sofá. 
Acordas com as costas doridas, querias tomar banho num spa. 
    Acordas mas é para a vida que assim não chegas lá.
 Lá onde?
 Perguntas tu. 
E eu sei lá. 
É um onde que te leva a sair do sofá. 
Desligas a tv e silêncio se faz.
 Precisas de barulho para sentires que não estás a ficar para trás. 
O vento faz-te esse favor, dando um ar de sua graça.
 Agradeces-lhe com o pensamento mas o som dele não basta.
Voltamos sempre ao mesmo, a esta vida viciada. 
Parece que estou em Las Vegas e a roleta não pára.
 Resignada já estou, falta-me só aguentar.
 No fim ganho o jackpot e se não ganhar... dou um pontapé na máquina e fujo para fora daqui. 
Que já estou farta de apostar em mim.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

História surreal

Tu pensas que já tinha acabado.
Pensas que o ponto final está dado.
Depois vem a nuvem negra,
E tu suspiras...
 Tentas pôr ao menos uma vírgula,
 Continuando a escrever a tua história.
Apercebeste que já nada escreves,
Que as palavras são fúteis e sem significado,
No entanto continuas a tentar.
E lá colocas o que pensas ser o ponto final definitivo.
E é o,
durante dias, semanas, meses, anos...

Até um dia em que volta tudo outra vez

Tu entendes, nesse momento, 
que não existem pontos finais
existem apenas vírgulas e reticências...
E que o fim,
 esse,
 não existe
Existe apenas o começo,
todos os dias,
a todo o momento,
até te cansares de escrever
e morreres de tédio desta história surreal 
a que chamamos vida
 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Aqui e agora



Os desejos de uma vida,
Não são estáticos,
As nossas crenças,
Não são certezas.
As amizades e as pessoas,
 não são dados adquiridos.

O sol não brilha,
Sempre para o mesmo lado.
o vento não sopra,
sempre na mesma direcção.

O que somos,
Não é certo.
E o certo nem sempre,
é o oposto do errado.

O que tu queres agora,
Não vais querer amanhã.
O que tu gostas hoje,
Vais, um dia, deixar de gostar.

O importante,
Vai deixar de ser essencial.
E vais perceber, no fim,
Que afinal nada percebes.

Que as certezas não existem,
Que o mundo não é só novelas,
Que as pessoas te vão enganar,
Que os melhores e mais importantes te vão decepcionar,
Que os vais desculpar,
E vão-te voltar a enganar.
E claro, vai-te custar,
Mas vais acordar,
 e vais melhorar.

E é assim.

Tudo o que existe,
É este momento:
Aqui e agora.
Se deres valor a isso,
Entendes tudo,
Ou melhor,
Entendes que não precisas de entender.

Passarás a viver,
A sorrir,
A gargalhar,
A sentir,
A amar…
E a saber te levantar,
Após cada queda.            AR

Sem mim



Perco o teu rasto,
Deixo de te ver,
És um mundo tão diferente,
Que anseio em te conhecer.

Sinto o teu respirar,
É diferente do meu,
Apaixonaste-te pela vida,
E a razão não sou eu.

Triste podia ficar,
Mas limito-me a sonhar,
Que um dia faça sentido,
o acto de respirar.

Deixei de me interessar,
Quando o sol se pôs.
Sem luz,
sem calor,
Não sinto.
É igual,
 sem o teu amor.

A esperança existe,
O sol nasce amanhã,
A necessidade do teu toque,
É efémera, meu amor,
porque tudo passa.
Amassa mas passa.


Segue o teu rumo,
Luta pelo teu mundo,
Respira sempre assim.
Eu fico com a memória,
E essa é só para mim.

Adeus meu amor,
 Fica com uma parte de mim em ti.
E sê, mesmo assim,
feliz,
Sem mim.

Sim?

AR