quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
A última geração
Saudades da infância dos anos 90. Parece que fomos a última geração a
viver uma realidade real, entre o passado cheio de momentos importantes e
o que viria a ser um futuro evoluído mas menos iluminado. Vivemos numa
boa era. Saberemos passar essa felicidade e essa luz aos nossos filhos?
Mesmo com este presente e futuro que se emprega em nós todos os dias um
bocadinho mais e nos faz esquecer como era simples e belo viver nos anos
90, saberemos explicar-lhes o que foi e saberemos ensinar-lhes os
valores que nos fizeram ser a geração que somos? Conseguiremos não nos
esquecer de quem fomos? De quem somos? Do que nos tornou os seres de
hoje, com uma revolta pelo passado que nunca presenciamos e ao mesmo
tempo com um sossego de um futuro que vinha com todas as respostas. O
nosso tempo é um tempo que passou rápido. Connosco o mundo cresceu, os
anteriores cresceram devagar e os a seguir cresceram rápido demais mas
nós não. Nós crescemos com o mundo, evoluímos com o mundo, o tempo
passou por nós da mesma maneira que nós passámos pelo tempo. A única geração que fez sentido no meio desta embrulhada toda.
Agora olha-se para trás e não sabemos se temos pena de nunca ter vivido
o passado passado a preto e branco e cheio de revoltas e conquistas ou
se temos pena pelo futuro que vemos à nossa frente: uma sociedade que
não teve tempo para crescer e cresceu mesmo assim, à pressa e já sem
saber ler nem contar. Já não há tempo para isso…
domingo, 3 de janeiro de 2016
Pensa outra vez, sente a diferença
O significado da palavra Gostar na nossa sociedade é, por
vezes, perturbador. Não sei se quero continuar com isto, pois não sei se
não existirá uma melhor maneira de amar, de viver o amor.
Talvez coloquemos nesta pequena palavra um peso demasiado grande, um peso que ela nunca pediu. Talvez seja hora de respirar fundo e de amar mais amando menos. Eu não sou tua, tu não és meu. Não somos objectos e nascemos livres. Já viste que sorte? Porque queremos todos ser aprisionados pelo amor? Para mais tarde sermos aprisionados pela dor?
Vivemos de prisão em prisão sem sabermos sequer que estamos enjaulados. O nosso pensamento é sempre igual sem sequer ficarmos preocupados com isso. Passamos dias, semanas, meses sem aprender nada de novo, repetindo o que já sabemos: os mesmos gestos, as mesmas expressões, o mesmo raciocínio over and over again. Como se fossemos robots. Mas eu acho, acho, que ainda não somos robots.
Devíamos reestruturar tudo. Virar tudo ao contrário e pensar outra vez. Toda a minha vida pensei isto, porquê?, Quero continuar a pensar isto ou quero pensar de outra maneira?, Toda a minha vida fiz isto desta maneira porquê?, Não quero eu experimentar outra forma?
Há pessoas irritantes que fazem perguntas a toda a hora, Sabes porquê é que aquela rocha está ali?, O Horizonte está com umas cores incríveis devido ao quê?, O teu nome veio de onde?, És feliz?, Quem és tu?, Quem sou eu?, O universo é mesmo infinito?
Porém, é essa curiosidade que as faz irem mais longe, saberem mais, serem mais e viverem mais. O que é que isto tem a ver com o amor? É simples. Se não pensarmos de outra maneira, não conseguimos sentir de outra maneira. E viveremos para sempre presos num conceito de amor que não foi escolhido por nós foi-nos imposto. E nós nem nos apercebemos.
Tudo isto para quê? perguntam vocês. É uma boa pergunta.
Tudo isto para sublinhar o quanto ficamos presos no que achamos ser uma prioridade quando não o é. O amor é apenas um extra, algo que complementa a vida e não a vida em si. O amor não deveria ser nunca a vida em si. A vida é muito mais do que isso. O amor é um conceito gasto que há muito tempo que devia ter mudado de definição.
Amar devia ser leve, precioso e limpo. Olhamos para a história da raça humana e já nem sabemos quando é que essa definição fez realmente sentido. Porém, sei que em partes deste mundo ainda faz, sempre fez. Aos poucos, todos nós mudamos, aos poucos alguns apercebem-se de tudo isto que estou a escrever, aos poucos vamos aprendendo a amar outra vez.
Talvez coloquemos nesta pequena palavra um peso demasiado grande, um peso que ela nunca pediu. Talvez seja hora de respirar fundo e de amar mais amando menos. Eu não sou tua, tu não és meu. Não somos objectos e nascemos livres. Já viste que sorte? Porque queremos todos ser aprisionados pelo amor? Para mais tarde sermos aprisionados pela dor?
Vivemos de prisão em prisão sem sabermos sequer que estamos enjaulados. O nosso pensamento é sempre igual sem sequer ficarmos preocupados com isso. Passamos dias, semanas, meses sem aprender nada de novo, repetindo o que já sabemos: os mesmos gestos, as mesmas expressões, o mesmo raciocínio over and over again. Como se fossemos robots. Mas eu acho, acho, que ainda não somos robots.
Devíamos reestruturar tudo. Virar tudo ao contrário e pensar outra vez. Toda a minha vida pensei isto, porquê?, Quero continuar a pensar isto ou quero pensar de outra maneira?, Toda a minha vida fiz isto desta maneira porquê?, Não quero eu experimentar outra forma?
Há pessoas irritantes que fazem perguntas a toda a hora, Sabes porquê é que aquela rocha está ali?, O Horizonte está com umas cores incríveis devido ao quê?, O teu nome veio de onde?, És feliz?, Quem és tu?, Quem sou eu?, O universo é mesmo infinito?
Porém, é essa curiosidade que as faz irem mais longe, saberem mais, serem mais e viverem mais. O que é que isto tem a ver com o amor? É simples. Se não pensarmos de outra maneira, não conseguimos sentir de outra maneira. E viveremos para sempre presos num conceito de amor que não foi escolhido por nós foi-nos imposto. E nós nem nos apercebemos.
Tudo isto para quê? perguntam vocês. É uma boa pergunta.
Tudo isto para sublinhar o quanto ficamos presos no que achamos ser uma prioridade quando não o é. O amor é apenas um extra, algo que complementa a vida e não a vida em si. O amor não deveria ser nunca a vida em si. A vida é muito mais do que isso. O amor é um conceito gasto que há muito tempo que devia ter mudado de definição.
Amar devia ser leve, precioso e limpo. Olhamos para a história da raça humana e já nem sabemos quando é que essa definição fez realmente sentido. Porém, sei que em partes deste mundo ainda faz, sempre fez. Aos poucos, todos nós mudamos, aos poucos alguns apercebem-se de tudo isto que estou a escrever, aos poucos vamos aprendendo a amar outra vez.
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